A Polícia Civil investiga três homens por suspeita de se passarem por funcionários da CPFL Paulista para furtar residências. Segundo o delegado Paulo Piçarro, a quadrilha é formada por mais pessoas e já fez vítimas em Ribeirão Preto (SP), Franca (SP) e Campinas (SP).

Piçarro explica que a maioria das vítimas é idosa e aposentada. Os ladrões usam uniformes e crachás semelhantes ao da concessionária de energia elétrica, e dizem aos moradores que precisam entrar nos imóveis para realizar algum tipo de reparo.

“Enquanto um distrai a atenção da vítima, o outro vai até a dependência da casa e subtrai os pertences, principalmente dinheiro. Por enquanto, temos três casos, nos últimos dias. Agora, com a divulgação do fato, acreditamos que haja mais vítimas”, afirma.

O trio foi identificado por meio de imagens de câmeras de segurança. Um dos vídeos mostra um dos suspeitos tocando a campainha de uma casa. O outro ladrão chega logo depois e os dois entram no imóvel. Após 18 minutos, a dupla foge correndo.

“Tudo o que acontece dentro da residência corre por conta do consumidor. Então, é bom alertar a população para não aceitar esse tipo de visita. A concessionária de energia tem o seu veículo e eles fazem reparos do lado de fora da residência, não no interior”, explica Piçarro.

Câmera de segurança registra ladrão se passando por funcionário da CPFL em Ribeirão Preto — Foto: Reprodução

Consultor de negócios da CPFL Paulista, Marcos Mielo confirma que os técnicos nunca entram nas casas para realizar serviços. Ele reforça que, mesmo caracterizados, os profissionais devem apresentar crachás e documentos pessoais ao abordar moradores por algum motivo.

“O nosso ponto focal de chegada ao imóvel de cada cliente é somente até o medidor. Essa é a nossa responsabilidade. Na parte interna, não cabe nenhum reparou ou providência de nossa parte. Isso é sempre do próprio cliente”, afirma.

Mielo orienta os clientes a ligar para o telefone 0800 010 1010, sempre que foram abordados por pessoas que se passem por funcionário da concessionária. De qualquer forma, o morador não deve autorizar a entrada no imóvel.

“Se ainda houver a insistência de quem estiver atendendo o cliente, recomendamos até fazer um boletim de ocorrência em relação a isso, caso a pessoa não se identifique como sendo um funcionário ou prestador de serviço da CPFL”, finaliza.