Golpe do Bolsa Família: entenda como criminosos têm feito vítimas em Ribeirão Preto, SP
Vítimas são orientadas via ligações e mensagens e acreditam estar se recadastrando no programa, quando na realidade estão tendo a conta invadida. Veja como se proteger.
Beneficiários do programa do governo federal Bolsa Família se tornaram alvos da ação de criminosos em Ribeirão Preto (SP). Durante o golpe, a vítima é orientada via ligações e mensagens e acredita estar se recadastrando no programa, quando na realidade está tendo a conta invadida.
Criminosos abordam vítimas através de ligações de celular ou mensagens de WhatsApp — Foto: Reprodução/TV Globo
Mãe de quatro filhas e desempregada, a dona de casa, moradora da zona Norte do município, foi uma das vítimas dos golpistas. Após uma ligação suspeita, R$ 400 foram furtados da conta da beneficiária.
A mulher de 34 anos, que prefere não se identificar, conta que em poucos minutos de ligação foi orientada a seguir o passo a passo do processo de recadastramento por um aplicativo de mensagens.
Após enviar códigos solicitados, a operação foi finalizada e bem sucedida, mas o susto chegou no dia do recebimento do benefício. Quase metade do valor depositado pelo programa sumiu da conta. O dinheiro seria utilizado para a compra de materiais escolares das filhas.
Como funciona o golpe?
Na maioria dos casos, o golpe é aplicado em duas etapas: ligação e mensagens. O criminosos faz contato com a vítima por ligação e se identifica como sendo um representante do aplicativo Caixa Tem.
Com informações preliminares sobre as vítimas, o contato explica que o beneficiário corre o risco de perder o direito ao benefício caso o cadastro não seja atualizado imediatamente.
Neste momento, a conversa é conduzida para um aplicativo de mensagens e os criminosos tanto podem solicitar o envio de códigos, quanto enviar links externos que direcionam as vítimas para outros canais.
Em posse de informações pessoais, a conta da vítima é invadida e, em alguns casos, bloqueada.
Como se proteger?
A principal recomendação para se proteger de golpes do gênero é não compartilhar nenhum tipo de dado ou informação pessoal via ligação ou aplicativos de conversa.
No caso do programa Bolsa Família, a comunicação é feita apenas de forma presencial nas secretarias de assistência social do município ou pelo aplicativo oficial Caixa Tem.