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Famílias pagavam R$ 2,5 mil por mês para asilos clandestinos que amarravam idosos

Eva Maria de Lima prometia, mas não ofertava refeições balanceadas e equipes multidisciplinares, segundo relatos. Ela teve a prisão preventiva decretada por abandono e maus-tratos.

Os asilos clandestinos que amarravam idosos em Ribeirão Preto (SP) cobravam R$ 2,5 mil por mês das famílias para receber os moradores. A informação foi confirmada à EPTV, afiliada da TV Globo, pelos próprios parentes e funcionários das casas de repouso.


Pacientes amarrados às camas em casas para idosos que operavam clandestinamente em Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução/EPTV

 

Dona das instituições, Eva Maria de Lima teve a prisão em flagrante por abandono e maus-tratos convertida em preventiva nesta segunda-feira (3).

Segundo o Ministério Público, ela mantinha três casas em funcionamento mesmo após interdição judicial determinada em abril deste ano por irregularidades. Ao g1, a defesa negou todas as acusações. 

 

Abaixo, veja detalhes das denúncias e do posicionamento dos advogados.

 

Os familiares, que não quiseram se identificar, destacam que o valor pago por eles incluía refeições balanceadas e equipes de enfermeiras, fisioterapeutas e nutricionistas. Os serviços, no entanto, não eram ofertados aos idosos, de acordo com os relatos.

 

"Pago o valor de R$ 2,5 mil por mês. Quando a gente colocou [o idoso na casa], a Eva falou que teria uma vez por semana fisioterapeuta, nutricionista, terapia ocupacional e a alimentação seria balanceada, mas nós acompanhamos de perto, a gente viu que fruta não tinha com frequência, era suco de saquinho, minha avó é diabética. Colocamos até um frigobar no quarto dela para fazer essa alimentação balanceada. A casa tem comida, mas não é balanceada, como foi prometido, não tem essas atividades também", cita uma mulher.

 

Ao todo, 36 idosos foram resgatados no último domingo (2). Sete deles estavam em uma casa no bairro Parque Ribeirão, na zona Oeste da cidade, e foram encaminhados a unidades de saúde, onde foram internados.

Os outros estabelecimentos funcionavam nas ruas Lafaiete, no bairro Vila Seixas, e Marechal Deodoro, no bairro Alto da Boa Vista.

 

Uma funcionária de uma das casas de repouso que pertencem a Eva conta que além do valor mensal, a dona exigia o pagamento de um kit de higiene que alega nunca ter visto ser entregue nas casas para cuidado dos idosos.

 

O promotor de Justiça da Pessoa Idosa, Carlos Cezar Barbosa, afirmou que as famílias dos idosos também devem ser investigadas e cada caso será analisado separadamente.

 

Idosos amarrados

 

A funcionária diz que a patroa mandava amarrar os pacientes com pedaços de lençol após o café da manhã e que eles chegavam a passar as noites atados às camas.

 

Os pacientes pediam para não serem amarrados, mas os funcionários obedeciam às ordens porque tudo na casa era vigiado por câmeras monitoradas por Eva.

 

“A gente tinha que amarrar porque tinha câmera filmando a gente e se não amarrasse, ela chamava atenção da gente, porque ‘se caísse, era responsabilidade sua’”, afirma a mulher.

 

Segundo a funcionária, os pacientes relatavam episódios de agressões físicas por parte de Eva.

 

Falta de higiene e fraldas limitadas

 

De acordo com a funcionária, os idosos eram deixados sujos depois que usavam as três fraldas diárias limitadas por Eva.

Fonte: G1 - Ribeirão Preto e Franca

Postagem: 4 Nov. 2025

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