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Ex-tesoureira, irmã e cunhado condenados por desviar R$10 milhões de prefeitura são presos no interior de SP

Sueli Feitosa foi condenada a 21 anos e 4 meses de prisão por peculato ao se apropriar de mais de R$ 11 milhões da prefeitura, entre 2002 e 2016. A irmã e o cunhado dela também foram localizados e presos.

A ex-tesoureira da Prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), Sueli de Fátima Feitosa, foi localizada e presa pela Polícia Militar na casa dela, na tarde desta terça-feira (19). A mulher foi condenada a 21 anos e 4 meses de prisão em regime fechado após desviar, por 2.291 vezes, R$ 10 milhões dos cofres públicos da cidade. A irmã e o cunhado dela também foram presos, ambos têm penas de 10 anos em regime fechado.


Ex-tesoureira que desviou milhões da prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo e familiares envolvidos são presos após condenação — Foto: Diário Cidadão/Reprodução

 

Sueli é acusada pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato e formação de quadrilha.

 

Segundo a Polícia Civil, após a abordagem, a suspeita não apresentou resistência à prisão e foi conduzida à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santa Cruz do Rio Pardo . Em seguida, foi transferida para o plantão policial de Ourinhos (SP), onde passou por audiência de custódia.

 

Além de Sueli, sua irmã Camila e seu cunhado Adilson também foram presos, ambos com penas de 10 anos em regime fechado pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Segundo o delegado Renato Mardegam, responsável pelo caso, não há previsão de soltura para os três, já que todos os recursos judiciais foram esgotados e as condenações são definitivas.

 

Relembre o caso

 

Sueli de Fátima Feitosa, foi condenada em fevereiro de 2022 por ter feito desvios milionários dos cofres da administração municipal. Segundo a Justiça, Sueli Feitosa desviou verba da prefeitura por 2.291 vezes, em valores que somaram R$ 3,76 milhões, cifra que atualizada até a data de denúncia representa um valor de R$ 10,9 milhões.

 

O esquema foi descoberto após uma denúncia do Ministério Público que foi ajuizada em abril de 2020, quase cinco anos depois de os desvios terem sido descoberto, no fim de 2016.

 

Sueli chegou a ser presa por cinco meses, mas deixou a penitenciária após conseguir um habeas corpus. À época, a prefeitura também decidiu exonerar a servidora. O cunhado de Sueli também chegou a ser preso.

 

 

Segundo a denúncia na Justiça, Sueli era a responsável pela conciliação bancária das contas mais movimentadas do município.

 

Com isso, ela inseria no sistema da administração pública os valores que deveriam ter sido depositados no banco. Ela foi denunciada pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

 

Além dela, o Ministério Público denunciou parentes da ex-servidora por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Segundo a investigação, eles compraram imóveis e veículos e eram sócios de uma empresa que foi aberta com o dinheiro desviado da prefeitura.

 

Fonte: G1- Bauru e Marília

Postagem: 20 Nov. 2024

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