Bolsonaro assina MP que cria carteirinha estudantil digital
A carteirinha poderá ser baixada gratuitamente em um formato de aplicativo nas lojas Google Play e Apple Store.Os dados serão usados na tela do celular.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, assinou nesta sexta-feira (6) uma medida provisória que cria uma carteirinha estudantil digital. Chamado “ID Estudantil”, o documento valerá para alunos dos ensinos fundamental, médio ou superior.

Cerimônia de assinatura da carteirinha de identificação estudantil — Foto: TV Globo
Entenda em 8 pontos
- Emissão será gratuita por meio de lojas de aplicativo no celular
- Caixa Econômica vai oferecer o documento físico de graça
- Emissão está prevista para começar em 90 dias para o ensino superior e até seis meses para alunos da educação básica
- MP não prevê veto à emissão de carteirinhas por Une, Ubes e outras entidades
- Estudante que emitir o "ID Estudantil" vai ter que fornecer dados para banco do MEC
- Sem citar entidades, Bolsonaro diz que MP é "bomba" e evita que "certas pessoas" promovam o socialismo nas universidades
- Em maio, polêmica sobre as carteirinhas levou a demissão do presidente do Inep
- Documento permite que estudantes paguem meia entrada em shows, teatro, cinema e outros eventos culturais.
Nas lojas em 90 dias
A carteirinha poderá ser baixada gratuitamente em um formato de aplicativo nas lojas Google Play e Apple Store. Os dados serão usados na tela do celular, sem necessidade de impressão. Quando for necessário, um documento físico poderá será emitido em parceria com a Caixa Econômica Federal.
Assim como a carteirinha tradicional, o documento permite que estudantes paguem meia entrada em shows, teatro, cinema e outros eventos culturais. A emissão, no entanto, só começa 90 dias após a assinatura da MP e publicação no Diário Oficial.
Meia-entrada: veja perguntas e respostas sobre o tema
Segundo o secretário-executivo do MEC, Antônio Paulo Vogel, o prazo de 90 dias descrito na MP deve valer apenas para o ensino superior. Para outras etapas (ensino fundamental, médio, técnico e profissional), o início da emissão pode levar até seis meses, em razão da demanda.
O projeto é conhecido desde a equipe de transição do governo Bolsonaro, que propôs a centralização dos documentos como forma de desidratar o orçamento do movimento estudantil.
Sem citar o nome de entidades, o presidente fez críticas aos representantes dos estudantes e disse que o atual modelo de emissão das carteirinhas colabora com a defesa do socialismo.
Fonte: G1- Globo
